Ventos e ondas

Por acaso você sabe onde tem um bom site com informações sobre ventos e marés, ideal para velejadores?

Eu sei. Bem aqui.

Professional Shipbuilder

Uma nova queridinha na lista de links aí ao lado: Professional Shipbuilder Magazine. Uma publicação bimestral que disponibiliza seus artigos integralmente para leitura na net. O caráter de aplicação prática dos artigos e a profundidade da apresentação conferem à leitura aquela sensação ótima de que o tempo não está sendo jogado fora.

Eu sugiro, logo de largada, o artigo Steering Systems Fundamentals da edição de Dez05/Jan06. É uma ótima visão geral sobre a questão de lemes e manobrabilidades em pequenas embarcações. Há muito material menos engenheiresco de qualidade também nesta revista, folheie à vontade!

Alguns sites interessantes

Ceccarelli Yacht Design - Design de veleiros e lanchas, com informações básicas sobre os modelos e fotos.

AeroHydro - O slogan dos caras é: "The most advanced 3D surface modeling available..."...

Wolfson Unit MTIA - Como os caras mesmos anunciam, "the Wolfson Unit operates a consultancy service in, ship design, yacht design, small craft design, naval architecture, marine technology and industrial aerodynamics, providing Tank Testing, Wind Tunnel Testing, Consultancy, Design Software, Onboard Systems and Innovative Research".

A marinha soviética segundo um alemão

Com a palavra, William Garrison Jr:

The author, Vice-Admiral Friedrich Ruge, served in the German navy from 1914 through 1945, then again when it was reborn in 1955. Hence, from his planning of various German naval operations during World War II and then as an intelligence officer researching the Soviet navy during the 1950s, Ruge has the expertise to write on this matter. As the naval attache to Fieldmarshall Rommel, Ruge presented his ideas to Rommel as to how to stymie Allied ships before they landed at Normandy in June 1944. He writes about the Soviet naval ops in the Baltic, in the Black Sea, and in the Northern Theater. He details the operations, dates and discusses specific Soviet submarines and their successes and failures against German convoys and other Axis shipping. Briefly, Ruge discusses how American "Lend Lease" ships to the Russians influenced the Russian fleet. He discusses the effectiveness of Soviet air-attack techniques against German ships. He laments the many failures of the Germans in protecting their ships that attempted to evacuate German civilians who were fleeing from Soviet forces late in the war. As in his letters to me during the late 1960s, Ruge's book is a rather "dry" presentation of the strategic issues and ship data, with few comments as to how individuals experienced the various naval engagements. This book presents the German naval view of the limitations of the Soviet fleet during World War II.

Ouvi dizer que há uma versão PDF deste livro circulando pelo emule, mas não sei se devemos acreditar nessas coisas...

Tipos de hélices

Hélices de duas pás são apropriadas para pequenas embarcações que utilizam motor auxiliar. Também são encontradas em pequenas embarcações a vapor clássicas.


Este tipo de hélice de três pás era encontrado normalmente em navios de passageiros com duas hélices até a década de 40. Também é encontrado em navios cargueiros, em rebocadores de portos (os tugboats), veleiros motorizados e navios pesqueiros clássicos.


Hélices de três pás, com uma grande área de superfície, promovem maior capacidade de propulsão a rotações menores. São normalmente encontradas em iates e veleiros motorizados, navios a vapor e pesqueiros clássicos.


Este tipo de hélice com quatro pás foi comumente empregado em navios mais potentes a partir de 1940. Podemos citar navios pesqueiros, cargueiros e iates motorizados.


Hélices com quatro pás levemente curvadas para trás (lembrando o formato de uma cimitarra) foram desenvolvidas para embarcações mais velozes sujeitas a problemas de vibração, tais como: iates luxuosos, navios de cruzeiro, fratatas, navios patrulheiros e submarinos.


Assim como no exemplo anterior, temos aqui um hélice de quatro pás com as extremidades curvadas para trás. Note, porém, que cada pá aqui tem uma área muito maior, ou seja, trata-se de um hélice com maior coeficiente de área (relação entre a área projetada das pás e a área total ocupada pelo hélice durante sua revolução, pi*r^2). Como vimos no caso de hélices de três pás, essa maior área proporciona maior tração mesmo a rotações menores, de modo que este modelo encontra aplicação em navios patrulha, porta-containers, e outras embarcações do gênero. As extremidades curvadas, novamente, colaboram para mitigar problemas de vibração.


Vemos aqui um hélice de quatro pás também com grande área. As pontas, porém, não apresentam uma curvatura acentuada conforme os modelos anteriores. Assim, este modelo é apropriado para desenvolvimento de grande tração em embarcações menores, onde o problema de vibração não representa preocupações sérias e onde a necessidade de grande tração mesmo a baixas velocidades é pronunciada. Ou seja: barcos policiais, lançadores de torpedo, fragatas e barcos-patrulha são exemplos típicos onde este modelo de hélice é encontrado.


Os hélices de cinco pás, como o mostrado na figura acima, foram muito usados em navios que apresentavam elevado risco de cavitação, até meados da década de 70. Foram posteriormente substituídos por modelos apresentando curvatura tipo simitarra nas pás.


Hélices com seis pás curvadas foram desenvolvidas para aplicações onde problemas de vibração e cavitação eram pronunciados. Encontra emprego em submarinos e em porta-aviões, dentre outros.


Este belíssimo exemplo de hélice com seis pás foi desenvolvido também para aplicações especiais, como porta-aviões e submarinos, visando minimizar problemas de vibração, cavitação e assinatura sonora.

Todos estes exemplos, bem como as imagens, foram adaptados do interessantíssimo site do fabricante de componentes de precisão para modelos, Raboesh Precision Engineering.